domingo, 1 de fevereiro de 2015

Ilustração do Reino de Deus #001 - O Presidiário e a Mulher Bondosa - Pr. Juanribe Pagliarin


   Aquele presidiário finalmente cumpriu sua pena e depois de anos preso por assalto, deixou a prisão pelas portas da frente. Porém, uma vez liberto, ele esqueceu-se de como viver no mundo exterior sem dinheiro e tampouco tinha disposição de arrumar um emprego. Então, olhando á sua volta, viu uma mulher no ponto de ônibus, portando uma bolsa que deveria conter algum dinheiro. Logo, a ideia de roubar a bolsa da mulher invadiu sua mente. Foi então que, armando uma estratégia em sua mente, aproximou-se da mulher e disse:
 - Bom dia, minha querida amiga! Será que tendes em sua bolsa algum dinheiro para que eu possa comer alguma coisa? Não como há horas e não tenho em minha carteira dinheiro algum!
   Então, com um sorriso no rosto, a mulher sacou de sua bolsa e começou a virar e a remexê-la, enquanto o ex-presidiário olhava para os lados para ver se tudo estava seguro para dar o seu bote sobre a bolsa da mulher e sair correndo. Mas, inesperadamente, a mulher pega um molho de chaves de sua bolsa e diz ao bandido:
 - Olhe! Aqui está a chave da minha casa! É aquela casinha rosa que está lá em cima do muro! Você pode entrar na minha casa e, chegando á cozinha, abra a geladeira. Lá você encontrará um pernil, ainda inteiro. É de ontem, mas tenho certeza que ainda está muito bom! Pode comer à vontade e quando sair, por favor, tranque a porta e deixe as chaves embaixo do tapete!
   O bandido ficou sem reação. Ficou olhando para aquela mulher, enquanto ela lhe oferecia as chaves da sua casa. Ele pensou se poderia estar sonhando, ou se aquela mulher estaria armando alguma coisa. Então, a mulher insiste dizendo:
 - Vamos, pegue logo as chaves! Meu ônibus está vindo!
   O bandido então pega as chaves e fica perplexo, sem ter certeza de como reagir. E quando o ônibus ainda está partindo para ir embora, a mulher ainda grita ao homem:
 - Olha, não esqueça de deixar as chaves embaixo do tapete, tudo bem?
    O homem apenas olha o ônibus partir, boquiaberto, espantado. Então ele sobe aquele morro e encontra a casa cor-de-rosa da mulher. Inserindo a chave na fechadura, ela se abre. Quando ele entra, percebe que a casa da mulher está bem arrumada, tudo limpo e organizado. Havia lá uma enorme e linda televisão, além de um lindo aparelho de som. Dirigindo-se para a cozinha, ele abre a geladeira. Realmente, havia um pernil lá. Inteiro, ainda embalado. Então, pegando o pernil, ele o abre, esquenta um pouco no forno, prepara um prato e começa a comê-lo.
    Enquanto isso, a mulher, chegando ao trabalho, parece se dar conta do que havia feito e começa a pensar: "Puxa, mas o que foi que eu fiz? Eu entreguei as chaves da minha casa para um homem que eu não conhecia! E se ele tentar roubar minha casa? E se fizer alguma besteira?" Mesmo assim, a mulher segue com a sua jornada diária normal, porém muito preocupada com sua casa. Ao final do expediente, ela sai rapidamente, pega o ônibus de volta e caminha apressada até sua casa. Chegando á porta, ela respira fundo antes de fazer qualquer coisa. Então, quando ela levanta o tapete em frente á sua porta, lá estava o molho de chaves. Entrando em casa, ela encontra sua casa muito bem-arrumada, a televisão e o aparelho de som ainda estavam lá. Em seguida, ela segue até a cozinha e nota que tudo está do jeito que ela deixou. Não havia nenhum prato sujo na pia e tudo estava também organizado. Porém, ao abrir a geladeira, viu que o pernil estava pela metade. Realmente o sujeito estava lá e comeu o pernil. Quando ela fechou a porta da geladeira, viu que havia ali um bilhete preso á um imã, que dizia:

   "Minha querida amiga! Hoje de manhã, quando eu a abordei pedindo dinheiro para comer, eu estava pensando em assalta-la. Mas quando você me entregou as chaves de sua casa e permitiu que eu comesse á vontade da única comida que havia em sua geladeira, confesso que senti algo muito estranho e especial dentro de mim. Além de me dar as chaves para abrir sua casa, você também fez com que eu abrisse meu coração. Por isso, eu te agradeço do fundo do meu coração pela tua bondade. Você me fez perceber que, apesar de todas as minhas maldades, existe alguém que ainda acredita em mim! E é por isso, minha querida, que mudarei a minha vida a partir de hoje, aceitando Jesus Cristo como meu único, suficiente, exclusivo e eterno salvador! Que Deus a abençoe!"

Por: Pr. Juanribe Pagliarin

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Dica de Leitura #003 - "O Monge e o Executivo" - James C. Hunter


Belíssima obra de James C. Hunter, "O Monge e o Executivo" conta a história de um executivo quase falido que resolve ir á um mosteiro procurar respostas para os seus dilemas. Lá, além de fazer amizades, ele encontra um sábio monge que ensina todos os segredos e técnicas de liderança. Passo-a-passo o monge ensina desde manter-se paciente e firme em qualquer tipo de situação até liderar onde quer que você esteja, usando o exemplo de Jesus Cristo, que foi o maior líder de todos os tempos. Ótimo livro para você que é ou sonha ser um líder em qualquer segmento. 

sábado, 3 de janeiro de 2015

#UMAPALAVRINHA SOBRE A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER


     Não sei se você acredita que um dia viveram homens da caverna aqui nesta Terra, juntamente com dinossauros e tudo o que faz parte do período pré-histórico. Mas o fato é que muitas histórias em quadrinhos, desenhos animados e outras formas de ficção nos apontam que a violência contra a mulher é muito mais antigo do que a gente pensa. Pelo que as histórias nos dizem, o homem para casar-se com uma mulher simplesmente a escolhia e batia com uma clava de madeira em sua cabeça. Uma vez inconsciente, a mulher era arrastada pelo futuro marido pelos cabelos até a caverna onde então a partir daquele momento, seria o lar daquela mulher. A opinião da mulher não tinha a menor importância, muito menos os seus sentimentos. De acordo com essa cultura, se a mulher morresse com a pancada da clava, significava apenas que ela não seria a esposa perfeita para homem nenhum. Portanto, sua vida não tinha o menor significado. Se observarmos a realidade de hoje em dia de algumas famílias, podemos ter a ideia de que essa realidade das cavernas pode mesmo ter sido realidade, pois o modo como algumas mulheres em nosso século são tratadas é realmente de se fazer vergonha. Todos os dias em nossos noticiários somos obrigados a ver no mínimo dois casos de violência contra a mulher. Seja violência verbal, seja violência física e algumas vezes, até homicídios. O índice desse tipo de violência se tornou tão grande e assustador que as delegacias de polícia não puderem mais dar conta de tantos casos, sendo criada assim a Delegacia da Mulher.
         Em uma tentativa de aumentar a proteção das mulheres brasileiras contra a violência, foi criada em Setembro de 2006 a Lei Maria da Penha, que já puniu no dia seguinte um homem no Rio de Janeiro que tentara matar a mulher por estrangulamento. Essa lei leva o nome de uma mulher que já havia sofrido duas tentativas de homicídio por parte do marido, ambas em 1983. A primeira tentativa foi com uma arma de fogo, o que a deixou paraplégica. E a segunda vez foi por eletrocussão e afogamento. Após mais essa tentativa, Maria da Penha encorajou-se a denunciar o marido, que foi punido apenas após 19 anos de julgamento. Para decepção de Maria da Penha e de todas as mulheres brasileiras, o marido ficou apenas dois anos em regime fechado. Mas a impunidade em nosso país é assunto para um outro tópico. 
         Mas existem dois fatores cruciais que impedem que os maridos, namorados, noivos agressores sejam punidos como prevê a lei. O medo e o amor. O fator medo se deve á demora e ao descaso por parte de algumas delegacias de polícia no momento em que se vai fazer um Boletim de Ocorrência. Muitas vezes a mulher se expõe e se arrisca denunciando o agressor. Apesar disso, os boletins não resolvem coisa alguma. Existem histórias de mulheres que já abriram quinze boletins ou mais e ainda assim não conseguiram se livrar de seus pesadelos. Esse motivo é perfeitamente compreensível e também se encaixa no fator Impunidade. O outro fator, e este é preciso um pouco mais de delicadeza para se entender é o fator do amor. Existem mulheres que são constantemente agredidas pelos maridos e quase são assassinadas em algumas dessas vezes, mas nunca o denunciam pelo simples fato de amar o seu "companheiro". 
       Mas em ambos esses casos a única atitude que fará a diferença é a denúncia. Por mais que a justiça tarde em resolver o dilema, sempre é preciso insistir, buscar proteção. O silêncio só permitirá que o agressor se sinta cada vez mais na liberdade de fazer o que quiser. A agressão á mulheres é intolerável até mesmo no âmbito prisional. É uma das atitudes mais covardes que um homem pode ter. As mulheres, em sua natureza são mais frágeis fisicamente, assim como as crianças. Por essa razão, o silêncio nunca será a melhor opção. A denúncia e o não-conformismo com esse tipo de violência sempre será a melhor arma das mulheres.

"Tudo começa com gritos. E nunca deve acabar num grande silêncio."
(Autor desconhecido)

Everton Timóteo

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

#UMAPALAVRINHA SOBRE OS HERÓIS DA VIDA REAL







      Estava eu navegando pela internet pesquisando sobre alguns heróis da ficção. Sempre fui fascinado pelo Batman, pelo Superman, Os Vingadores e muitos outros. Mas desisti imediatamente da minha pequisa quando me deparei com histórias de alguns heróis da realidade, que lutam a vida inteira contra o preconceito, as dificuldades, contra as pessoas ignorantes. E eu posso dizer, com toda a certeza que esses heróis fantásticos são ainda mais guerreiros do que todos os heróis da ficção juntos. Eles não precisam de violência, muito menos de armas, tampouco de alguma identidade secreta. Com suas próprias vidas, esses tesouros de Deus vencem qualquer tipo de barreira e fazem a diferença onde quer que estejam. Além de serem verdadeiros gênios, esses nossos irmãozinhos sabem desde o nascimento o significado do amor verdadeiro, gratuito, sem maldade. Pessoas com o coração mais puro quanto se é possível ter. Muita gente ainda se espanta com a vitória dessas pessoas. E isso que prova que o ser humano ainda está muito longe de entender os projetos de Deus. 
       Eu acredito que o nome "Síndrome de Down" não seja um nome apropriado para essas pessoas fantásticas. Eu particularmente preferiria chamar de "Espelho dos Dons de Deus na Terra", pois é isso que elas são. É só você fazer uma única pesquisa em um site de busca. Depois de ler as histórias dessas pessoas, quero ver se você ainda terá a hipocrisia de chamar esses heróis de "deficientes", "anormais", ou de muitos outros nomes que nem me atrevo a escrever aqui. 
      Por isso, nessa oportunidade, quero deixar meu sincero e forte abraço, além de uma grande reverência para os pais de crianças que nasceram portando os Espelhos dos Dons de Deus em suas células. Saibam que vocês tem uma grande responsabilidade por terem esses Tesouros do Céu sob seus cuidados. E tenham a certeza absoluta de que depois de adultos, eles proporcionarão um orgulho que vocês jamais conheceram!! 

"A Síndrome de Down tem um cromossomo a mais: O cromossomo do amor."
(autor desconhecido)

Everton Timóteo


Você Sabia?

A aliança de casamento surgiu por volta de 2800 a.C., os egípcios usavam um anel para simbolizar o casamento.

Para eles, um círculo, não tendo começo nem fim, simbolizava a eternidade para a qual o casamento era destinado.

Dois mil anos depois, surgiu entre os gregos a crença de que um imã também podia atrair o coração.

Eles acreditavam também que o dedo anular esquerdo possuía uma veia que levava diretamente ao coração.

Assim, começaram a usar um anel de ferro nesse dedo, para que os corações dos amantes ficassem atraídos para sempre.

O costume passou aos romanos e a Igreja manteve a tradição.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Dica de Leitura #002 - "O Diário do Chaves" - Roberto Gomez Bolaños


Você, assim como grande maioria dos brasileiros, com certeza conhece o Chaves. Também conhece o Kiko, a Chiquinha, o Seu Madruga, o Seu Barriga e todos os outros. E é claro que você já conhece os bordões, e todo o jeito de ser de cada um deles. Mas se você realmente é fã da Turma da Vila e deseja saber mais a fundo a história de cada um dos personagens da série, esse é um bom livro pra você. O "Diário do Chaves" conta toda a história de uma forma mais "íntima", de modo que o leitor entenda as entrelinhas de todos os acontecimentos na vila. Roberto explica com detalhes a origem de Chaves e de todos os outros. Também possui ilustrações criadas pelo próprio Roberto Bolaños. Primeiro livro do Chaves lançado no Brasil, "Diário do Chaves" promete muitas risadas e muitas saudades dessa turma que maioria dos brasileiros atravessou sua juventude acompanhando. 

sábado, 27 de dezembro de 2014

#UMAPALAVRINHA SOBRE O RACISMO

     
     Muitos brasileiros já bateram no peito, dizendo ter orgulho de fazer parte de uma nação com uma das maiores variações étnicas do mundo. Temos brancos, negros, índios, japoneses, mestiços, alemães e muitas outras etnias. E isso realmente é um motivo de orgulho. Mas uma coisa que me faz sentir vergonha é saber que algumas pessoas fazem questão de fazer uma certa "separação" de classes com relação á esse assunto. Estamos beirando de 2014 para 2015 e ainda não conseguimos erradicar o racismo de nossa cultura. Pode ser que de uns tempos pra cá foram feitas muitas campanhas, leis a favor dos negros, condenações por racismo, entre outras coisas. Mas o simples fato de haver uma lei que proteja os negros significa apenas que os mesmos ainda correm perigo. Ainda hoje são feitas piadas, acepções, violência e desrespeito. 
      O racismo, como muitos outros problemas enfrentados em sociedade, está presente em todas as classes sociais. E não há um número maior em comparação de uma classe para outra. Esse preconceito tem a mesma proporção em todas as pessoas que o praticam. Infelizmente, nós seres humanos temos o dom de querer herdar, mesmo inconscientemente, a cultura de nossos ancestrais, sejam elas positivas ou negativas. E algo que herdamos dos Portugueses desde a época do Descobrimento e da Colonização foi o costume de tratar negros como animais. Escraviza-los, faze-los viver a pão e água, colocar em um tronco e discipliná-los com chibatadas era rotina entre as grandes personalidades em diversos momentos da história mundial. Há muitos livros e filmes que retratam esse preconceito vergonhoso. Um filme que eu acredito que nos faça refletir muito bem sobre essa questão é o "Amistad", que conta a história de um navio que transportava escravos. Esse filme, além de conter cenas fortes, nos faz viajar no tempo e ver que o racismo não é uma falha atual. Desde os primórdios, os negros lutam contra sua própria espécie para sobreviver.
       E nós não devemos pensar que a crueldade contra os negros foi vencida por Zumbi ou por Nelson Mandela. Essas duas personalidades foram cruciais para mudar esse cenário, mas cabe a todos nós essa consciência. Como é uma herança macabra, devemos educar nossas crianças desde pequenas a prática da aceitabilidade. E eu não estou dizendo para tratar um negro de forma especial. Estou dizendo para trata-lo como igual, como um irmão, pois é o que somos. A cor da pele deve ser a coisa mais irrelevante na relação entre pessoas. Por mais que possa parecer difícil, devemos tirar de nossas cabeças a ideia de que uma pessoa de cor pedindo dinheiro no farol, toda mal-vestida irá nos roubar, sendo que na verdade, existem muitas pessoas "brancas" em Brasília, vestidas com terno e gravata que roubam muito mais de nós todos os dias.
     A maior prova do preconceito racial em nosso país são as cotas para negros nas universidades. Não tenho medo de dizer que isso é uma injustiça. Colocar uma pessoa em uma faculdade apenas pelo fato dela ser negra significa jogar na cara que ela é digna de pena e se ela não tiver esse tipo de benefício, nunca irá conseguir nada pelo seu próprio esforço. Somos todos humanos, filhos de Deus, todos temos sentimentos, temos tristezas, alegrias, compaixão. Somos todos guerreiros.

#SOMOSTODOSIGUAIS

Everton Timóteo